Enfoque Bíblico
“Para que vocês não tenham
nenhuma falha ou mancha. Sejam filhos de Deus, vivendo sem nenhuma culpa no
meio de pessoas más, que não querem saber de Deus. No meio delas vocês devem
brilhar como as estrelas no céu".
Filipenses 2.15
Fique Alerta
Alex, um adolescente cristão, está fazendo um intercâmbio
cultural nos Estados Unidos da América, e essa é a primeira vez que passa suas
férias longe da família e de seu país. Ao chegar à Nova Iorque, ficou impressionado
com o luxo da cidade. No lar provisório, conheceu dois novos amigos, Thomas e
John.
Thomas ora, lê a Bíblia e
frequenta a igreja, John não se importa com Deus e diz estar "curtindo a
vida". Alex então enfrentou o desafio de ser fiel à orientação cristã que
recebeu de seu pai, pastor da igreja, em vez de aproveitar que está longe de
casa para aliar-se a John e cometer coisas que desagradam a Deus.
É assim que age o adolescente cristão. Influencia,
mas não é influenciado.
Palavra Viva
Nesta primeira lição vamos
estudar a vida em sociedade. É
impossível não nos relacionarmos, porém, a Bíblia nos informa que podemos ser
influenciados negativamente pelas "más companhias" (1 Co 15.33).
Assim, é importante mantermos nossa posição de influência. Basta
comportarmo-nos como os quatro jovens que marcaram a história da nação mais
poderosa do mundo de sua época.
Como eles não se iludiram
nem se corromperam? O segredo está no amor que tinham em Deus; resultado da boa
formação religiosa que receberam.
A Metrópole
Babilônia, o grande
império que dominou o mundo por mais de um século, supervalorizava a beleza, os
ídolos, os sábios, a excelência e a estética.
Seus prisioneiros e visitantes maravilhavam-se, pois não era apenas uma potência
armada, mas uma extraordinária grandeza arquitetônica, cultural e política.
Seus jardins suspensos eram uma das sete maravilhas do mundo antigo. A
arquitetura expressava a grandiosidade do império e o domínio da matemática e
da engenharia.
Na questão religiosa, a
nação era politeísta, tendo 53 templos e 180 altares dedicados somente à deusa
Istar. Com todas as suas divindades, os babilônicos desenvolveram diversos
rituais religiosos que incluíam feitiçaria, astrologia e adivinhação.
Procuram-se Príncipes
Procurando fortalecer
ainda mais o seu reino, Nabucodonosor, rei da Babilônia, invadiu Jerusalém em
605 a. C., ordenando que fossem capturados “alguns jovens da família do rei e
também das famílias nobres. Todos eles deviam ter boa aparência e não ter
nenhum defeito físico; deviam ser inteligentes, instruídos e ser capazes de
servir no palácio. E precisariam aprender a língua e estudar os escritos dos
babilônios" (Dn 1 .3,4). Nessa ocasião, Daniel Ananias, Misael e Azarias, foram levados para a
Babilônia, que como centro cultural e político da época, seria como São Paulo,
Rio de Janeiro, França ou Nova Iorque, nos dias de hoje.
Tendo a cidadania
assegurada, inclusive com novos nomes para viverem exclusivamente no palácio do
rei e até mesmo uma dieta prescrita (comida provavelmente oferecida a
Merodaque, considerado o deus mais poderoso de todos - Dn 1.5,8 16), com
certeza os jovens hebreus se tornaram verdadeiros babilônicos, certo? Errado!
Pois, nem mesmo essas regalias conseguiram tirar a fidelidade dos moços. E nós?
Sabemos como viver em uma sociedade permissiva e continuar sustentando os
valores cristãos aprendidos?
Acomodar para não Incomodar?
Os adolescentes hebreus
observaram que a cultura babilônica opunha-se à sua educação religiosa. Por
isso recusaram-se a obedecer tudo o que foi ordenado. Quando os valores sociais
contrastam com aqueles que aprendeu na Bíblia, em casa ou na igreja, o que você
faz? Conforma-se aos padrões mundanos para não incomodar aqueles que vivem no
pecado? Procura evitar uma situação de conflito, omitindo os valores cristãos?
É claro que não! Devemos fazer como Daniel, Ananias, Misael e Azarias – que
apesar de tudo, não assimilaram a cultura dos caldeus. Seja na hora da refeição (Dn 1.8), na hora de
estudar (Dn 1.4, 19), ou de trabalhar para o governo. Eles permaneceram fiéis a Deus, mesmo que
isso suscitasse o ódio dos concorrentes de trabalho, que eram seus antigos
amigos de classe; ou que fossem levados a perder a posição ou mesmo a vida (Dn
3.8-30; 6.1-28).
Os jovens não se deixaram
iludir por mudanças de nome, pois sabiam que o objetivo era exaltar os ídolos
pagãos (Dn 1.7). Mesmo estudando a cultura e língua babilônicas (Dn 1.4), e
vestindo a mesma roupa que os babilônicos, no momento de compará-los com os
caldeus, os quatro hebreus eram completamente diferentes (Dn 1.18-21). Que
exemplo! Devemos amar a Deus acima de
todas as coisas.
Buscar a Excelência sem Perder a
Essência
Os adolescentes hebreus buscavam a excelência em tudo o que faziam,
contudo, não perderam a essência de sua fé em Deus. A formação religiosa
daqueles jovens, possibilitou que se relacionassem de forma coerente com o meio
físico e social, assim como para responder às demandas e necessidades de sua
época. Nenhum babilônico compreendeu tão bem a sua cultura quanto esses
adolescentes. Eles foram excelentes em tudo o que fizeram: no estudo, na beleza
física e interior, na retidão moral e na fidelidade a Deus. Viveram como astros
reluzentes numa sociedade em trevas (Fp 15). Contrastavam os padrões e valores
culturais da babilônia com as Escrituras e assim, permaneceram fiéis ao seu
Deus até o fim. É dever de cada cristão ser excelente em tudo o que fizer: na
vida espiritual, nos estudos, no trabalho, na cultura, nas artes (Mt 5.48) afim
de que o nome do Senhor seja glorificado.
Associados e Felizes
Ao lermos a história desses rapazes, percebemos que eles não se isolaram
do mundo ou dos elementos que formam uma sociedade. Pois, a sociedade é um
agrupamento de pessoas submetidas às mesmas leis e cujas regras e procedimentos
produzidos, aceitos e sancionados, têm valor social. O reconhecimento desses
valores pelos indivíduos permite a interação e o processo social. O Senhor
Jesus Cristo e o apóstolo Paulo falaram sobre a importância da vida em
sociedade (Jo 17.15; 1 Co 5.9-11). No entanto, é bom entender que quando os
costumes sociais ferem os ensinamentos da Palavra de Deus, deixam de ter
qualquer validade para o cristão, pois a "lei do Senhor" é superior
(At 5.29). Como a interação social é a influência que uma pessoa exerce sobre a
outra, enquanto, processo social é a forma como as pessoas se relacionam, é bom
falar novamente, que alguém pode influenciar positiva ou negativamente uma
pessoa e, os valores dessa relação, servem de base para os relacionamentos
seguintes. Você já observou a influência que tem causado às pessoas ou a que
elas causam em você?
Conversa Franca
"Viver e Conviver". São dois inevitáveis desafios que
qualquer pessoa enfrenta. Todos que vivem precisam conviver. Mas a convivência
exige certas regras e condições. Ninguém é livre para fazer o que deseja, mas
não é escravo para que aceite o que não quer. Daniel e seus companheiros
tiveram a postura firme que tanto admiramos por serem fiéis, a despeito de
viverem em uma cultura que se opunha aos princípios religiosos que defendiam.
Conviver era necessário! Mas se associar aos pecados da cultura dos caldeus
não.
Devemos viver e conviver em sociedade, mas não participar dos pecados de nosso tempo! Assim, mesmo que você passe por antipático, por obedecer aos princípios cristãos, não se preocupe, pois, "mais importa obedecer a Deus do que aos homens" (At 5.29).
Devemos viver e conviver em sociedade, mas não participar dos pecados de nosso tempo! Assim, mesmo que você passe por antipático, por obedecer aos princípios cristãos, não se preocupe, pois, "mais importa obedecer a Deus do que aos homens" (At 5.29).
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