sexta-feira, julho 5

Vivendo em Sociedade


Enfoque Bíblico


     “Para que vocês não tenham nenhuma falha ou mancha. Sejam filhos de Deus, vivendo sem nenhuma culpa no meio de pessoas más, que não querem saber de Deus. No meio delas vocês devem brilhar como as estrelas no céu".



Filipenses 2.15





Fique Alerta


     Alex, um adolescente cristão, está fazendo um intercâmbio cultural nos Estados Unidos da América, e essa é a primeira vez que passa suas férias longe da família e de seu país. Ao chegar à Nova Iorque, ficou impressionado com o luxo da cidade. No lar provisório, conheceu dois novos amigos, Thomas e John.



     Thomas ora, lê a Bíblia e frequenta a igreja, John não se importa com Deus e diz estar "curtindo a vida". Alex então enfrentou o desafio de ser fiel à orientação cristã que recebeu de seu pai, pastor da igreja, em vez de aproveitar que está longe de casa para aliar-se a John e cometer coisas que desagradam a Deus.



É assim que age o adolescente cristão. Influencia, mas não é influenciado.





Palavra Viva


     Nesta primeira lição vamos estudar a vida em sociedade.  É impossível não nos relacionarmos, porém, a Bíblia nos informa que podemos ser influenciados negativamente pelas "más companhias" (1 Co 15.33). Assim, é importante mantermos nossa posição de influência. Basta comportarmo-nos como os quatro jovens que marcaram a história da nação mais poderosa do mundo de sua época.      

     Como eles não se iludiram nem se corromperam? O segredo está no amor que tinham em Deus; resultado da boa formação religiosa que receberam.





A Metrópole


     Babilônia, o grande império que dominou o mundo por mais de um século, supervalorizava a beleza, os ídolos, os sábios, a excelência e a estética.  Seus prisioneiros e visitantes maravilhavam-se, pois não era apenas uma potência armada, mas uma extraordinária grandeza arquitetônica, cultural e política. Seus jardins suspensos eram uma das sete maravilhas do mundo antigo. A arquitetura expressava a grandiosidade do império e o domínio da matemática e da engenharia.



     Na questão religiosa, a nação era politeísta, tendo 53 templos e 180 altares dedicados somente à deusa Istar. Com todas as suas divindades, os babilônicos desenvolveram diversos rituais religiosos que incluíam feitiçaria, astrologia e adivinhação.





Procuram-se Príncipes


     Procurando fortalecer ainda mais o seu reino, Nabucodonosor, rei da Babilônia, invadiu Jerusalém em 605 a. C., ordenando que fossem capturados “alguns jovens da família do rei e também das famílias nobres. Todos eles deviam ter boa aparência e não ter nenhum defeito físico; deviam ser inteligentes, instruídos e ser capazes de servir no palácio. E precisariam aprender a língua e estudar os escritos dos babilônios" (Dn 1 .3,4). Nessa ocasião, Daniel Ananias,  Misael e Azarias, foram levados para a Babilônia, que como centro cultural e político da época, seria como São Paulo, Rio de Janeiro, França ou Nova Iorque, nos dias de hoje.



     Tendo a cidadania assegurada, inclusive com novos nomes para viverem exclusivamente no palácio do rei e até mesmo uma dieta prescrita (comida provavelmente oferecida a Merodaque, considerado o deus mais poderoso de todos - Dn 1.5,8 16), com certeza os jovens hebreus se tornaram verdadeiros babilônicos, certo? Errado! Pois, nem mesmo essas regalias conseguiram tirar a fidelidade dos moços. E nós? Sabemos como viver em uma sociedade permissiva e continuar sustentando os valores cristãos aprendidos?





Acomodar para não Incomodar?

     Os adolescentes hebreus observaram que a cultura babilônica opunha-se à sua educação religiosa. Por isso recusaram-se a obedecer tudo o que foi ordenado. Quando os valores sociais contrastam com aqueles que aprendeu na Bíblia, em casa ou na igreja, o que você faz? Conforma-se aos padrões mundanos para não incomodar aqueles que vivem no pecado? Procura evitar uma situação de conflito, omitindo os valores cristãos? É claro que não! Devemos fazer como Daniel, Ananias, Misael e Azarias – que apesar de tudo, não assimilaram a cultura dos caldeus.  Seja na hora da refeição (Dn 1.8), na hora de estudar (Dn 1.4, 19), ou de trabalhar para o governo.  Eles permaneceram fiéis a Deus, mesmo que isso suscitasse o ódio dos concorrentes de trabalho, que eram seus antigos amigos de classe; ou que fossem levados a perder a posição ou mesmo a vida (Dn 3.8-30; 6.1-28).



     Os jovens não se deixaram iludir por mudanças de nome, pois sabiam que o objetivo era exaltar os ídolos pagãos (Dn 1.7). Mesmo estudando a cultura e língua babilônicas (Dn 1.4), e vestindo a mesma roupa que os babilônicos, no momento de compará-los com os caldeus, os quatro hebreus eram completamente diferentes (Dn 1.18-21). Que exemplo!  Devemos amar a Deus acima de todas as coisas.





Buscar a Excelência sem Perder a Essência

     Os adolescentes hebreus buscavam a excelência em tudo o que faziam, contudo, não perderam a essência de sua fé em Deus. A formação religiosa daqueles jovens, possibilitou que se relacionassem de forma coerente com o meio físico e social, assim como para responder às demandas e necessidades de sua época. Nenhum babilônico compreendeu tão bem a sua cultura quanto esses adolescentes. Eles foram excelentes em tudo o que fizeram: no estudo, na beleza física e interior, na retidão moral e na fidelidade a Deus. Viveram como astros reluzentes numa sociedade em trevas (Fp 15). Contrastavam os padrões e valores culturais da babilônia com as Escrituras e assim, permaneceram fiéis ao seu Deus até o fim. É dever de cada cristão ser excelente em tudo o que fizer: na vida espiritual, nos estudos, no trabalho, na cultura, nas artes (Mt 5.48) afim de que o nome do Senhor seja glorificado.





Associados e Felizes


     Ao lermos a história desses rapazes, percebemos que eles não se isolaram do mundo ou dos elementos que formam uma sociedade. Pois, a sociedade é um agrupamento de pessoas submetidas às mesmas leis e cujas regras e procedimentos produzidos, aceitos e sancionados, têm valor social. O reconhecimento desses valores pelos indivíduos permite a interação e o processo social. O Senhor Jesus Cristo e o apóstolo Paulo falaram sobre a importância da vida em sociedade (Jo 17.15; 1 Co 5.9-11). No entanto, é bom entender que quando os costumes sociais ferem os ensinamentos da Palavra de Deus, deixam de ter qualquer validade para o cristão, pois a "lei do Senhor" é superior (At 5.29). Como a interação social é a influência que uma pessoa exerce sobre a outra, enquanto, processo social é a forma como as pessoas se relacionam, é bom falar novamente, que alguém pode influenciar positiva ou negativamente uma pessoa e, os valores dessa relação, servem de base para os relacionamentos seguintes. Você já observou a influência que tem causado às pessoas ou a que elas causam em você?





Conversa Franca

      "Viver e Conviver". São dois inevitáveis desafios que qualquer pessoa enfrenta. Todos que vivem precisam conviver. Mas a convivência exige certas regras e condições. Ninguém é livre para fazer o que deseja, mas não é escravo para que aceite o que não quer. Daniel e seus companheiros tiveram a postura firme que tanto admiramos por serem fiéis, a despeito de viverem em uma cultura que se opunha aos princípios religiosos que defendiam. Conviver era necessário! Mas se associar aos pecados da cultura dos caldeus não.
     Devemos viver e conviver em sociedade, mas não participar dos pecados de nosso tempo! Assim, mesmo que você passe por antipático, por obedecer aos princípios cristãos, não se preocupe, pois, "mais importa obedecer a Deus do que aos homens" (At 5.29).

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